“Se você planejar cidades para carros e transito, você terá carros e transito. Mas se você planejar para pessoas e lugares, você terá pessoas e lugares” (Fred Kent).
Para o desenvolvimento de projetos sustentáveis ou ecológicos na construção civil o telhado tem sido um dos principais pontos de atenção entre arquitetos e engenheiros.
O principal aspecto ecológico é o material que constitui esse telhado. Os telhados verdes, aqueles com plantas, serão tratados em outro post, pois hoje falo sobre as telhas.
Muitas telhas são provenientes da reciclagem de diversos materiais. Isto já não é uma inovação, mas que algumas possuem a propriedade de reduzir a poluição do ar, isto sim é uma grande passo nesse mercado.
É possível cuidarmos da nossa saúde respiratória com o uso de telhas redutoras de poluentes. Elas retiram as moléculas de substâncias nocivas do ar, tornando-o mais puro: mais respirável!
A primeira telha é da Marley Eternit, a EcoLogic Ludlow Major, que absorve ambas formas de óxidos de nitrogênios.
É produzida por dióxido de titânio e que na presença de luz solar retira o NOx do ar, produzindo nitratos que são inofensivos para a nossa saúde.
Temos também a linha de telhas da Boral Roofing que reduz o Smog.
Para quem não sabe, Smog é aquele nevoeiro de poluentes.
Quando olhamos para o horizonte vemos uma faixa cinzenta no céu, nada mais é que a presença do smog.
Com o aumento desacerbado da população mundial é preciso tecnologia para aumentar os recursos em uma quantidade suficiente para manter a qualidade de vida desse contigente.
Já somos em 7 bilhões.
É notável que a capacidade suporte de alguns recursos, como a água potável, não é suficiente para esse aumento populacional.
No entanto, outros recursos podem ser oferecidos em maior escala. As fazendas verticais favorecem os grandes centros urbanos, pelo fato de minimizarem a necessidade de transporte e o uso de grande espaço de solo.
A verticalização dessa prática favorece os lençóis freáticos e as valiosas bacias hidrográficas, pois não entrarão em contato com os agrotóxicos de possível prática nessas fazendas.
A vantagem também está na qualidade de vida, pois já pensou comprar as suas frutas e verduras que foram colhidas à pouco, sem ficar horas em caminhões ou centros de armazenamento?
A redução da emissão de gases pelo transporte e o aumento da flora urbana são pontos que só qualificam positivamente essa prática.
Países que não possuem terra fértil para a agricultura podem beneficiar-se com essa prática já que o sistema será todo fechado, com a ciclagem da água utilizada, compostagem de resíduos orgânicos para a adubação, temperatura e umidade controladas, além da geração de energia renovável.
A imagem abaixo de Oliver Foster ilustra bem as vantagens dessa nova logística:
As velhas fitas cassetes possuem nova utilidade. Transformaram-se em artigos pessoais, mobiliários, e até em material didático.
Com o avanço da tecnologia as fitas ficaram obsoletas. Foram substituídas pelo cd, mp3, mp4, ipod...
Sabemos que a nostalgia musical só elas podem nos proporcionar, ao menos por enquanto.
Das prateleiras foram para o fundo das gavetas, ou na pior das hipóteses para o lixo. Agora é a vez de resgatá-las e reutilizá-las. Como? Veja essas sugestões:
Cadeira
Luminária
Bolsa e Porta Moedas
A americana Erika Iris Simmons deu uma finalidade artística:
Acesse o site da artista e veja suas outras obras: http://www.iri5.com/ Outro artista, Brian Dettmer, utiliza as antigas fitas para criar esqueletos. Isto mesmo: caveiras. A iniciativa é uma boa proposta para substituir o material didático de laboratórios escolares. Veja as imagens do trabalho de Brian:
A produção das tintas e vernizes pode ser na medida do possível ecologicamente correta. Aliás já foi. Eram produzidas com óleo de linhaça, cal, caseína de leite, terebintina, óleos cítricos giz, e de cânhamo.
Com o advento da engenharia química e a necessidade da produção em larga escala, esses compostos químicos possuem como matéria-prima resinas, pigmentos, solventes e aditivos.
Esses materiais prejudicam a saúde dos profissionais que utilizam esse recurso. Eles liberam compostos orgânicos voláteis (VOC's). São mais de 450 substâncias perigosas.
Assista ao vídeo:
A preocupação é tanta que a CETESB publicou um relatório de Produção mais Limpa na índustria de tintas e vernizes. Acesse o site e leia o relatório:
Algumas empresas já desenvolveram tintas com ZERO VOC. A Ecohome Improvement, que se localiza na Califórnia, EUA, é um exemplo. Além de tintas ela oferece outros produtos sob o aspecto de menor impacto ambiental. Entre as opções estão produtos para pavimentação, manchas, seladoras, gessos e telhas.
A tinta Yolo ColorHouse foi a primeira a receber certificação.
Você pode fazer a sua própria tinta.
Basta ter a fonte do pigmento desejado e um fixador.
A diversão está na utilização de produtos naturais.
Para fixar a tinta utilize plantas que produzam um sumo que mais se parece com uma goma:exemplo são os cactos e a mandioca. Plantas suculentas e raízes tuberosas.
Para pintura em papel não é preciso usar o fixador.
Em paredes é preciso misturar cal.
A medida indicada para o uso de cal é:
5kg de cal para 10L de água e 1L de sumo da planta escolhida.
Quem gosta de tinta à óleo pode usar óleo de linhaça com leite em pó (ou leite coalhado).
Os pigmentos podem ser obtidos assim:
Amarelo:
1) Misture alçafrão com a cal e o sumo. Ou misturado com o leite em pó.
Laranja:
Caroço de Abacate:
1) Limpe as raízes grudadas e triture-o.
2) Coloque a água aos pouquinhos. (~2 copos)
3) Coe o líquido.
Vermelha/ Rosa
Beterraba:
1) rale a beterraba
2) Bata no liquidificador com pouca água.
3) Coe o líquido.
Roxa/Lilás
Repolho roxo
1) Corte o repolho em pequenos pedaçõs e acrescente a água aos poucos.
2)Coe o líquido.
A telefonia móvel é um dos recursos mais adquiridos em todo o mundo. O consumo é alto e o descarte desse tipo de material nem sempre é feito de forma correta. Muitas vezes o aparelho ainda funciona e as suas peças poderiam ser reaproveitadas.
A empresa Nokia possui uma linha de aparelhos que foram fabricados sob o olhar sustentável.
Atento para o carregador que informa o usuário que o aparelho já está carregado e contribuindo para a economia de energia.
Os aparelhos foram produzidos com material reciclável.Você pode adquirir aparelhos que possuem o modo de economia de energia, sensor de luz ambiente, lembrete para retirar o carregador da tomada, carregador compacto para viagem Nokia AC-15, que não contém PVC, níquel na superfície do produto, compostos com bromo e cloro nem trióxido de antimônio, como definido na Lista de Substâncias da Nokia.
E todos os materiais dos celulares podem ser reciclados.
Outra iniciativa da empresa é o recolhimento dos aparelhos antigos em postos de coleta.
Uma das bebidas mais consumidas no mundo é o vinho. Após o bom momento da degustação há o descarte da garrafa de vidro e da rolha, que pode ser de plástico ou de cortiça. Hoje darei foco à rolha.
Já pensou a quantidade de rolhas descartadas? São pequenas, mas em quantidade geram um grande problema para o meio ambiente. O problema maior está na substituição da cortiça natural pela rolha de plástico. Para a rolha de cortiça há a iniciativa do reflorestamento para a manutenção da produção. Já as rolhas de plásticos são sintéticas e não encontrei em minha pesquisa iniciativas de crédito de carbono.
Você sabe como é a árvore de cortiça? Veja a imagem abaixo:
Popularmente chamada de sobreiro ou chaparro e cientificamente Quercus suber.A cortiça é a casca da árvore que quando retirada não é prejudicial, pois a cada 10 anos ela estará novamente pronta para um descortiçamento. Portugal é o maior produtor de cortiça. Esta é muito utilizada como isolante térmico. Mas, como disse acima a competição com o material sintético está levando a redução do cultivo dessa árvore linda.
Um projeto interessante é o Save Miguel. Assista esse vídeo e entre no site. Você poderá plantar um sobreiro.
Hoje também trago iniciativas de organizações que reciclam esse material. Todos os sites que pesquisei estão no final da postagem. Algumas fazem novos produtos com esta matéria prima. Vou dar sugestões de como você também pode reutilizar as suas e obtendo produtos lindíssimos e úteis para sua casa ou local de trabalho.
A primeira iniciativa é da ReCORK by Amorim, presente em Portugal, nos EUA e no Canadá. Ela além de recolher as rolhas usadas, realiza o reflorestamento e produziu em parceria com a empresa SOLE um novo calçado que substitui parte do material à base de petróleo pela cortiça.
Não só seus pés podem usufruir desse material como todo o seu corpo. Vejam estas poltronas:
Muitos objetos podem ser produzidos usando a cortiça como recurso, mas abaixo trago ideias da reutilização das rolhas, como esses vasos do artista do One of Cork:
Muito se fala na reciclagem da PET (Politereftalato de etileno), mas e o Polipropileno?
Este é o material da tampa da garrafa e de muitos outros objetos: seringas de injeção; nas autopeças dos carros, quase que cinqüenta por cento do veículo, como pára-choques e pedais; e peças de eletrodomésticos, por exemplo.
Como a PET este polímero também pode ser reciclado.