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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

ECOBALL

Por Ministério do Esporte 

No país do futebol, a ecologia ganha cada vez mais espaço e o Ministério do Esporte começa a produzir a primeira bola ecológica do mundo. Os primeiros 50 exemplares foram produzidos pelos detentos do Programa Pintando a Liberdade na penitenciária de Rio Branco (AC). A bola é feita de couro ecológico, feito a partir do látex extraído da seringueira, árvore da floresta amazônica.

Para a fabricação da bola, o látex é misturado com resinas de cascas de árvores e o produto é adicionado a um tecido composto de retalhos de lonas usadas em caminhões. Depois de seco, o material, chamado couro ecológico, é recortado com base em uma fôrma e costurado com linha encerada. As cores são produzidas a partir de resinas naturais.
Por ser produzida totalmente com materiais naturais, a bola ecológica, para uso em recreação, decompõe-se totalmente em alguns meses. As bolas industriais, ao contrário, podem demorar mais de um século para serem absorvidas pelo meio ambiente.
A produção da fábrica é feita em parceria com a Secretaria do Esporte do Acre. O estado é pioneiro na utilização de produtos alternativos. O objetivo é combater a mortalidade de animais silvestres pela contaminação do solo e das águas por produtos químicos. Além das bolas, o couro ecológico também é usado em fábricas do estado para a produção de bolsas, sapatos e cintos.
A bola foi apresentada no mês de setembro à Federação Internacional de Futebol (FiFA) e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. A expectativa do governador do Acre, Binho Marques, do ex-governador Tião Viana e do secretário estadual de Esporte, Cássio Marques, que expuseram o produto, é que a produção inédita conte mais um ponto na candidatura do Acre a subsede da Copa do Mundo 2014. O Brasil é candidato favorito. A decisão da FIFA será divulgada no final de outubro.
Pintando a Liberdade no Acre
A fábrica do Programa Pintando a Liberdade, programa desenvolvido pelo Ministério do Esporte, em Rio Branco, no Acre, está instalada na penitenciaria Doutor Francisco de Oliveira Conde. Dos 500 detentos que produzem bolas na unidade, cerca de 300 estão envolvidos diretamente com a produção da bola ecológica.
Além de aprender uma profissão, o preso recebe salário correspondente à produção e tem, a cada três dias trabalhados, um dia abatido na pena. Ao seringueiro responsável pela matéria prima da bola ecológica, o estado paga R$ 50 por metro quadrado de laminado.
"A bola ecológica pode se transformar em mais uma fonte de renda para que os povos tradicionais continuem a cuidar bem da floresta, impedindo que ela seja derrubada e queimada", diz o empresário e ambientalista Abrahim Farhat Neto. Mais conhecido como "Lhe", Abrahim é um dos idealizadores do novo produto esportivo. Ele acredita que a bola ecológica pode vir a fazer, num futuro próximo, muito sucesso nos gramados do futebol no mundo inteiro. "É só encher de ar, jogar no gramado e ajudar a salvar a floresta", ensina.


Parabéns pela iniciativa!

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